Francisco, el Hombre

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Francisco, el Hombre é um projeto visceral que expurga vivências, urgências e o que mais estiver entalado na garganta por meio de canções. A estrada, depressão, empatia, política… tudo pode virar tema para as suas músicas. Formada pelos irmãos mexicanos Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte e pelos brasileiros Juliana Strassacapa e Andrei Kozyreff, o grupo não permite que o coloquem numa caixinha, pois se entende como uma obra viva em constante transmutação e evolução. Isso faz com que a banda não tome as suas decisões e escolhas artísticas baseadas pelo “sucesso”, mas, sim, por sua essência e por sua verdade.

Em 2015, a Francisco, el Hombre iniciou a sua trajetória fonográfica com o lançamento do EP La Pachanga (2015). Com o nome emprestado de um personagem do clássico livro Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, a banda tinha como inspiração as viagens e fronteiras cruzadas. As letras em português e em espanhol logo fizeram com que o conjunto se tornasse em uma peça fundamental na conexão latino-americana.

O primeiro disco da carreira, o elogiado SOLTASBRUXA (2016), produzido por Zé Nigro, foi responsável pelo alcance da maturidade musical do grupo, além de ter ampliado o seu público. Resultado do momento político e social vivido pelo Brasil, o trabalho lista faixas que já entraram para história da música brasileira, entre elas “bolsonada”, uma crítica a Jair Bolsonaro, que àquela altura ainda não era presidente do país; e o hino feminista “triste, louca ou má”, cujo videoclipe – gravado em Cuba – contabiliza mais de 20 milhões de views no YouTube. Esta última foi indicada ao Grammy Latino como “Melhor Canção em Língua Portuguesa”, além de ter sido trilha sonora da novela O Outro Lado do Paraíso, da Rede Globo.

SOLTASBRUXA fez com que a Francisco, el Hombre se apresentasse em importantes palcos, como América x Su Musica (Havana – Cuba), Imesur (Santiago – Chile) e FimPro (Guadalajara – México). Também passou pela Argentina e pelo Uruguai. Em território nacional, tocou no Lollapalooza (São Paulo), Coala Festival (São Paulo), Rec Beat (Recife – PE), DoSol (Natal – RN), El Mapa de Todos (Porto Alegre – RS), Psicodália (Rio Negrinho – SC), Bananada (Goiânia – GO), CoMA (Brasília – DF), entre muitos outros.

A explosão dos shows da francisco, el hombre fez com que a performance ao vivo se tornasse algo central para o conjunto, a ponto de ter impactado diretamente no resultado do seu segundo disco de estúdio: RASGACABEZA (2019). O álbum de discurso inflamado foi pensado com o intuito de sintetizar a experiência do ao vivo e garantiu a presença do grupo no Rock in Rio, um dos principais festivais do mundo. A Rolling Stone Brasil elogiou: “Explosivo, incendiário, sem medo, dançante e consciente, a Francisco, el Hombre certamente deixou a marca da banda no Rock in Rio 2019”. A francisco, el hombre iniciou 2020 confirmada na edição chilena do Lollapalooza. Devido à pandemia do novo coronavírus, a apresentação foi postergada. Agora, os integrantes se encontram isolados socialmente, mas não estão parados. O desafio é lançar um disco feito à distância. “Juntos, Nunca Sós” é o primeiro single desta empreitada e traduz o sentimento de coletivo tão necessário neste momento.

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